30.10.10

é àssim

qualquer coisa que me venha à cabeça.

25.10.10

circuitos

circum-navegando um livro, curto-circuitando um dogma.

20.10.10

literatura fantástica

a fantasia final de chegar à realidade.

17.10.10

os amigos de la palisse (19)

muito voltar, muito partir, muito não saber. um dia, morrer, e continuar sem saber.

11.10.10

muletas

ninguém avisou os filhos da madrugada que, ironicamente, ainda é de noite. e muitos anos têm vivido, só pode, com uma venda branca. a claridade baça que os anima encerra os canos das espingardas - extensões dos braços vizinhos - que não chegaram a ser exiladas. uns contra os outros, não há figura simbólica, um homem, um corpo que sintetize a vontade de mudança. outrora um regime, hoje uma sociedade diluída. e não há fado ou saudade que nos valha neste amparo do país de muletas.

8.10.10

os amigos de la palisse (18)

como cacos de ouro em potes remendados, a vida remendada é mais difícil de negociar com as agências de rating do descanso eterno.

5.10.10

city with no children

uma cidade sem crianças, uma cidade sem civilização.

2.10.10

definição de eternidade

hoje ainda não é o dia em que vou morrer.

(colocar em repeat)

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sem pressa de chegar longe, um blogue de joaquim francisco cinzento, sem data para se cumprir.